As Três Peneiras
- Day Iglesias
- 11 de mai. de 2006
- 2 min de leitura

Olavo foi transferido para um novo projeto e, no seu primeiro dia, querendo impressionar o novo chefe, começou a dizer:
– Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram sobre o Silva. Disseram que ele…
Antes que pudesse terminar, o chefe o interrompeu:
– Espere um pouco, Olavo. O que você vai me contar já passou pelo crivo das Três Peneiras?
– Três Peneiras? Que peneiras são essas, Chefe?
– A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Você tem certeza de que o que está prestes a dizer é absolutamente verdadeiro?
– Bem, não. Não tenho certeza. Só sei o que me contaram, mas eu acho que…
O chefe o interrompeu novamente:
– Então, sua história já falhou na primeira peneira. Vamos para a segunda, a da BONDADE. O que você vai me contar é algo que você gostaria que os outros dissessem sobre você?
– Claro que não, Chefe! Deus me livre! – respondeu Olavo, agora preocupado.
– Então, Olavo, sua história já falhou na segunda peneira. Vamos à terceira, a da NECESSIDADE. O que você está prestes a dizer é algo realmente necessário? Vai trazer algum benefício ou contribuir para algo positivo?
Olavo refletiu e, surpreso, respondeu:
– Não, Chefe. Pensando bem, não é necessário passar isso adiante.
– Pois é, Olavo – disse o chefe com um sorriso. – Já imaginou como o mundo seria melhor se todos usassem essas três peneiras antes de espalhar qualquer coisa?
E finalizou:
– Da próxima vez que ouvir um boato, passe-o pelo crivo das Três Peneiras: VERDADE, BONDADE e NECESSIDADE. E lembre-se, pessoas inteligentes falam sobre ideias, pessoas comuns falam sobre coisas, e pessoas mesquinhas falam sobre outras pessoas.
Adaptação da parábola de Sócrates – As Três Peneiras