
Uma senhora estava em um restaurante analisando atentamente o cardápio. Após examinar suas opções, decidiu pedir uma sopa que lhe pareceu muito apetitosa. O garçom, sempre prestativo, trouxe a sopa e se afastou. Pouco tempo depois, ao vê-lo passar novamente, a senhora o chamou com um gesto discreto. Ele prontamente se aproximou.
**Garçom:** – Em que posso ajudá-la, senhora?
**Senhora:** – O senhor poderia provar a sopa, por favor?
Surpreso com a solicitação, o garçom, ainda assim, manteve sua gentileza e perguntou se havia algum problema com a sopa ou se não estava ao gosto da cliente.
**Senhora:** – Não se trata disso. Apenas experimente a sopa, por favor.
Pensando rapidamente, o garçom imaginou que a sopa poderia estar fria e, querendo resolver a situação prontamente, perguntou, desculpando-se pela inconveniência:
**Garçom:** – Me desculpe se a sopa está fria. Posso trazer outra sem problema algum.
**Senhora:** – A sopa não está fria. Por favor, prove a sopa.
O pedido era inusitado; não era comum que um garçom provasse a refeição de um cliente. Contudo, a insistência da senhora era tamanha que o garçom, um tanto desconcertado e sem entender o motivo, decidiu perguntar:
**Garçom:** – Se a sopa não está ruim nem fria, qual é o problema? Posso trazer outro prato, se desejar.
**Senhora:** – Desculpe insistir, mas se quer realmente saber o problema da sopa, deve prová-la.
Diante de tanta insistência, o garçom cedeu. Sentou-se ao lado da senhora e trouxe o prato de sopa para perto de si. Ao procurar uma colher, ele olhou ao redor, mas… não havia colher alguma. Antes que ele pudesse falar algo, a senhora esclareceu:
**Senhora:** – Agora entendeu? Não há uma colher. Esse é o problema com a sopa; não consigo tomá-la.
Essa história ilustra como muitas pessoas se comunicam de maneira indireta, com rodeios e sem clareza, esperando que os outros compreendam suas intenções sem que estas sejam explicitadas. Essa forma de comunicação pode tornar o diálogo muito mais complicado e difícil do que deveria ser. As pessoas não pensam da mesma maneira, e o que é óbvio para uns pode ser confuso para outros.