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Humor



O Poder do Humor na Comunicação e Publicidade


Sigmund Freud afirmou que o humor é uma válvula de escape para a psique, e que “quem consegue fazer uma piada sobre a própria sorte está acima de seu destino.” Desde os primeiros anos de vida, o ser humano demonstra habilidades cognitivas para rir e fazer os outros rirem, mostrando que o senso de humor é inerente ao cérebro. Por milênios, contar histórias engraçadas tem sido uma maneira de lidar com desafios e conflitos, criando um alívio e uma forma de enfrentamento emocional.


Humor: A Resposta do Cérebro ao Complexo


O humor surge naturalmente quando o cérebro lida com ideias complexas ou inconsistentes. Rir pode ser uma forma prazerosa de concluir um raciocínio confuso ou de ter um insight. Assim como uma solução lógica nos traz satisfação, uma boa piada oferece uma resposta súbita e inesperada que conecta pensamentos, aliviando a tensão cognitiva. Por outro lado, a falta de humor pode gerar tédio, reforçando a ideia de que, para uma mensagem ser interessante e compreensível, é importante incorporar doses de humor na narrativa.


O filósofo Emmanuel Kant sugeriu que três coisas fortalecem o ser humano diante das adversidades: a esperança, o sono e o riso. Ele estava certo: o humor pode suavizar qualquer mensagem, acalmando o centro das emoções do cérebro (a amígdala) e liberando substâncias como endorfinas e dopamina, que promovem prazer e bem-estar.


Elementos de uma Boa Piada


Uma piada geralmente tem uma “vítima” que é retratada como tola, criando uma identificação do público com quem está contando a história, mas também um senso de superioridade sobre a “vítima.” Para que o humor funcione, o contexto precisa ser compreensível para o público-alvo, e o timing é essencial para o impacto da piada. Assim como músicos seguem uma partitura, os melhores comediantes e até políticos em seus discursos sabem quando fazer pausas para maximizar o efeito.


O Humor na Publicidade: Exemplo dos Comerciais


A publicidade usa o humor para conquistar a empatia do público. Um exemplo é o comercial “Dads in Briefs” da BGH, que apresenta cenas cômicas de pais desconfortáveis em casa para vender condicionadores de ar. A campanha consegue extrair risos sem recorrer a muitos diálogos, mostrando que o humor pode ser usado para transmitir uma mensagem de forma eficaz.


Outro exemplo de uso bem-sucedido do humor na publicidade está nos comerciais do Super Bowl, onde marcas disputam pela atenção dos consumidores com produções criativas e engraçadas. Em 2013, a Mercedes-Benz, por exemplo, apostou em um comercial com Willem Dafoe interpretando Lúcifer, enquanto a Volkswagen fez uma sátira ao mau humor dos trabalhadores às segundas-feiras para promover o New Beetle.


O Contágio do Humor e sua Influência no Comportamento


O riso é contagiante e ativa os neurônios-espelho, fazendo com que tendamos a espelhar o sorriso das pessoas ao nosso redor. Essa dinâmica é ainda mais evidente em ambientes como cinemas e teatros, onde a risada do público pode influenciar a resposta de cada indivíduo. Além disso, o cérebro tende a preferir experiências positivas, e uma abordagem bem-humorada pode ser o suficiente para criar empatia e interesse.


A Variação do Humor no Cérebro


Estudos mostram que o humor afeta a atividade cerebral, especialmente no córtex pré-frontal. Quando estamos de bom humor, o córtex pré-frontal esquerdo é mais ativo, enquanto o lado direito assume maior atividade em momentos de aflição. A ativação do córtex pré-frontal, quando estimulada pelo humor, pode favorecer tomadas de decisão e tornar o público mais receptivo a produtos e mensagens publicitárias.


Considerações Finais


O uso do humor é uma estratégia eficaz na comunicação e no marketing, pois desperta emoções, cria conexões e facilita a compreensão de mensagens complexas. No entanto, é essencial encontrar o tom certo, adaptando o humor ao público-alvo e ao contexto para evitar interpretações negativas. Por meio de pré-testes e ajustes, é possível utilizar o humor de maneira inteligente para alcançar resultados positivos e duradouros na publicidade e na comunicação em geral.

Referências

CARUSO, D. The emotionally intelligent manager. San Francisco: Jossey Bass, 2004.

FELTEN, D.; SHETTY, A. Atlas de neurociência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2009.

GOLEMAN, D. Inteligência social. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

JEREMY, R.; BRAVER, T.; RAICHLE, M. “Integration of emotion and cognition in

the lateral prefrontal cortex”. PNAS, v. 99, n. 6, 2002.

NUDD, T. “Volkswagen’s Super Bowl spot turns glum white office workers into

happy Jamaicans”. Veiculado em: 28 jan. 2013. Disponível em: <www.adwe-


___. “A devilish Willem Dafoe joins Kate Upton, Usher in Mercedes Super Bowl

ad”. Veiculado em: 30 jan. 2013. Disponível em: <www.adweek.com>.

WEEMS, S. Ha! The science of when we laugh and why. Nova York: Basic Books, 2014.



 
 
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Dayane Iglesias

Profissional com mais de 20 anos de experiência em Marketing, comunicação corporativa e Marketing digital.

Graduada em Propaganda e Marketing, Pós-graduada em Administração de Marketing com Especialização em Gerência de Projeto PMI, Habilidades Gerenciais e MBA em Gestão Empresarial
Tive a oportunidade de trabalhar com mais de 50 marcas e diferentes plataformas: mobile, tablets, outdoor, tv, rádio, revistas, jornais e Internet, para empresas de todos os portes.

Linkedin: www.linkedin.com/in/DayaneIglesias

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