
Se pensarmos bem, a maioria de nós utiliza as redes sociais com o objetivo de se conectar com os outros — 49,7% das pessoas afirmam que seu principal motivo é manter contato com amigos e familiares.
Entretanto, quando analisamos o que realmente fazemos nelas, percebemos que grande parte de nossas atividades se resume a essas interações por meio das telas.
No entanto, as redes sociais evoluíram a tal ponto que talvez já não possam ser chamadas de “sociais”. Elas surgiram para aproximar pessoas, mas têm se tornado cada vez mais plataformas voltadas para o entretenimento. Já não se trata de ver as fotos dos amigos ou saber das novidades da família. O foco agora é passar mais tempo diante da tela, ser exposto a mais anúncios, e consumir conteúdos curtos e envolventes de pessoas que sequer conhecemos.
Hoje, as redes sociais se transformaram em ferramentas de descoberta de conteúdos altamente atraentes e viciantes, impulsionados por algoritmos de inteligência artificial. Em vez de promover conexões com pessoas conhecidas, nos vemos presos em ciclos intermináveis de vídeos curtos e tendências virais, onde o aspecto “social” é substituído pela mídia. A conexão genuína foi deixada de lado, dando espaço ao consumo incessante.
Nesse cenário, a verdadeira interação social está migrando para os aplicativos de mensagens — como Messenger, Discord, Slack, WhatsApp e iMessage — onde as comunidades reais estão se formando atualmente. Estamos entrando em uma nova era, em que as redes sociais, como as conhecemos, podem perder relevância. Isso, por outro lado, cria uma oportunidade para que novos aplicativos surjam, focados em proporcionar conexões sociais verdadeiras e um retorno às interações mais autênticas.
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