GEO: O Novo SEO
- Day Iglesias
- 19 de ago.
- 3 min de leitura

GEO: O Novo SEO para a Era das Inteligências Artificiais
No cenário digital de 2025, estamos testemunhando uma das transformações mais significativas desde a criação do Google. O Generative Engine Optimization (GEO) emerge como sucessor natural do SEO tradicional, trazendo consigo novas estratégias e desafios para marcas que desejam manter relevância no ambiente digital.
A revolução silenciosa dos buscadores
Embora o Google ainda domine o mercado de buscas com volume 373 vezes maior que o ChatGPT, os dados mostram uma mudança acelerada no comportamento do usuário. Com 20 milhões de buscas diárias e crescimento mensal de 44%, as IAs generativas estão rapidamente conquistando espaço como ferramentas de busca alternativas.
Um fator crucial nessa transformação são os AI Overviews do Google, que já causaram queda de 35% no CTR das buscas tradicionais. Essa mudança representa um novo paradigma: estamos migrando de um modelo focado em cliques para um centrado em menções e visibilidade nos resultados gerados por IA.
De SEO para GEO: o que realmente muda?
O GEO não substitui completamente o SEO, mas representa sua evolução natural. As principais diferenças incluem:
Otimização para menções - Mais importante que aparecer nos resultados é ser mencionado nas respostas geradas pelas IAs
Conteúdo estruturado - Organização em "chunks" facilmente digeríveis por modelos de linguagem
Atributos semânticos - Construção de associações fortes entre marca e conceitos-chave
Novas métricas - Share of Model, Brand Attributes Score e Self Attribution ganham relevância
Search Orchestration: o futuro é multidimensional
Para além do GEO, a verdadeira revolução está no conceito de Search Orchestration - a coordenação estratégica da presença em múltiplos canais de busca. Isso inclui não apenas Google e IAs generativas, mas também:
Buscas em redes sociais (TikTok, Instagram, YouTube)
Buscas em marketplaces (Amazon, Mercado Livre)
Buscas internas em sites e aplicativos
Essa abordagem multidimensional exige um novo perfil profissional: o arquiteto de marketing, que combina habilidades de branding e growth para implementar o conceito de Brandgrowth - a criação de marcas orientada a dados.
Casos reais: o impacto já é mensurável
Os resultados práticos da implementação de estratégias de GEO já são visíveis. Um cliente da Conversion viu seu tráfego proveniente de IAs saltar de 362 visitas para 50 mil em menos de um ano. Além disso, o ChatGPT já figura como terceiro canal em geração de prospects para a própria Conversion.
Ferramentas como o AI Traffic têm se mostrado diferenciais competitivos importantes, gerando milhares de acessos mensais e ROI positivo em geração de leads.
Próximos passos: como implementar GEO em sua estratégia
Para empresas que desejam começar a implementar GEO, recomendamos:
Auditoria inicial
Verificar se seu conteúdo está sendo indexado por IAs
Testar menções da marca em diferentes modelos
Mapear gaps de visibilidade
Implementação básica
Criar conteúdo estruturado com chunks
Otimizar para legibilidade (Flesch Score)
Desenvolver atributos semânticos de marca
Monitoramento
Implementar ferramentas de rastreamento de tráfego de IA
Configurar alertas para menções em IA
Desenvolver métricas próprias de GEO
Conclusão: a oportunidade histórica
Estamos diante de uma oportunidade histórica semelhante aos primórdios do SEO. As empresas que entenderem e implementarem estratégias de GEO e Search Orchestration hoje estarão melhor posicionadas para dominar o mercado digital de amanhã.
O SEO não morreu - evoluiu. E aqueles que evoluírem junto com ele colherão os frutos dessa transformação. O futuro do marketing digital não está apenas nos cliques, mas nas menções, na educação do consumidor e na construção de uma presença digital orquestrada e coerente em todos os canais.
Como diria a filosofia central do Brandgrowth: "O papel do marketing não é vender, é educar o cliente para comprar." E no mundo das IAs generativas, essa educação passa por uma estratégia sólida de GEO.