Power posing foi desmentida?

O estudo da Amy Cuddy sobre power posing foi desmentido em diversas replicações — os efeitos hormonais simplesmente não se confirmaram. A própria autora depois reconheceu isso.

Isso é verdade?

Sim, isso é verdade — mas com nuances:

1. O estudo original (2010)

   Amy Cuddy, Dana Carney e Andy Yap publicaram um artigo afirmando que power posing (posturas expansivas de poder) aumentava testosterona, reduzia cortisol e deixava as pessoas mais propensas a assumir riscos. O artigo teve enorme repercussão popular — principalmente após o TED Talk de Cuddy.

2. Falhas na replicação

   Diversos grupos tentaram repetir o experimento, e a maior parte não conseguiu confirmar os efeitos hormonais ou de risco. Em 2015, um estudo de replicação em larga escala não encontrou suporte para os principais resultados.

3. Retratação parcial da coautora

   Dana Carney (uma das coautoras) publicou uma nota em 2016 declarando que não acredita mais nos efeitos do power posing como foram inicialmente descritos, considerando-os “não robustos” e provavelmente resultado de vieses metodológicos.

4. Posição de Amy Cuddy

   Cuddy reconheceu que os efeitos hormonais e fisiológicos não se sustentaram. Porém, ela argumenta que ainda há evidências de efeitos psicológicos e comportamentais sutis: por exemplo, algumas pessoas relatam sentir-se mais confiantes ou empoderadas ao adotar posturas abertas, mesmo sem alterações hormonais mensuráveis.

5. Consenso atual

   • Não há evidência confiável de mudanças hormonais.

   • Pode haver um efeito subjetivo de autopercepção/postura — sentir-se mais confiante ao se posicionar de forma expansiva, algo mais ligado a psicologia do que a biologia.

   
   

👉 Resumindo: o estudo original foi desmentido em seus aspectos biológicos, mas a ideia de que postura influencia a autopercepção e a comunicação ainda tem algum respaldo, embora em escala menor do que se pensava.