
O humor é uma ferramenta essencial na comunicação, capaz de gerar empatia, engajamento e tornar as mensagens mais memoráveis. Sigmund Freud definiu o humor como uma “válvula de escape da psique”, e isso se aplica especialmente no marketing. Ao inserir humor em uma campanha, os anunciantes ativam áreas do cérebro ligadas ao prazer, como o córtex pré-frontal e a amígdala, desencadeando a liberação de dopamina. Isso cria uma experiência positiva e aumenta a probabilidade de que o consumidor associe boas emoções à marca.
Além disso, o humor permite lidar com temas complexos e torna até as mensagens mais desafiadoras mais fáceis de assimilar. Um exemplo de sucesso é o comercial “Dads in Briefs” da BGH, que, por meio de cenas humorísticas, capturou a atenção dos espectadores e transmitiu a mensagem de maneira leve, mas eficaz.
As campanhas publicitárias que utilizam o humor, como os famosos comerciais do Super Bowl, geram impacto ao apelar para o lado emocional dos consumidores. Marcas como Mercedes e Volkswagen investem no humor para criar conexões emocionais com seus produtos. Um exemplo é o comercial da Mercedes, que apresenta o personagem Lúcifer em um tom cômico e impactante, utilizando o humor para destacar o produto de forma criativa.
O humor é contagiante. Quando estamos perto de alguém que sorri, nosso cérebro tende a espelhar esse comportamento, o que torna o riso em grupo mais intenso e agradável. Esse princípio é amplamente utilizado no marketing para criar campanhas que se destacam, especialmente em eventos de grande visibilidade, como o Super Bowl. Nesses casos, o humor é usado não apenas para entreter, mas também para criar uma ligação emocional duradoura entre o consumidor e a marca.
Portanto, o uso inteligente do humor no marketing vai além de simplesmente entreter. Ele apazigua emoções, gera prazer, e, mais importante, faz com que a marca se torne inesquecível. As melhores campanhas são aquelas que, com humor bem dosado e estratégico, conquistam o público e garantem um lugar na mente e no coração dos consumidores. Referências
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